Os Oklahoma City
Thunder são uma das melhores equipas da NBA (lideram, aliás, a Liga com apenas
12 derrotas). Liderados por Kevin Durant, a fazer uma época monstruosa e, para
já, candidato mais forte a arrecadar o título de MVP, são particularmente
temidos pelo Big Three que conseguiram formar nos curtos anos de existência da
equipa – juntam-se a Durant, Russell Westbrook (esta época tem estado afastado
por leões) e Serge Ibaka (o espanhol nascido do Congo que está a registar uma
inacreditável temporada, com médias de 17 pontos, 10 ressaltos e 3 bloqueios
por jogo). Mas o segredo para conquistar campeonatos reside não apenas na
qualidade das estrelas: é imprescindível rodeá-las com role players preparados para saltar do banco e garantir a qualidade
defensiva e ofensiva, permitindo às principais figuras preciosos minutos de
descanso. Neste aspecto, a equipa de OKC tem batalhado para atingir a fórmula
perfeita. Se na primeira corrida ao título, há 3 temporadas, com James Harden –
já All-Star e líder em Houston - como figura principal do banco, ficaram
bastante aquém dos Miami Heat nas Finais, conseguirão fazê-lo com outros
atletas sem o rótulo de estrelas? A questão merece estudo – afinal, só
conhecendo a nova geração de jogadores de Oklahoma poderemos prever o impacto
nos playoffs.
Reggie Jackson e Jeremy Lamb herdaram a difícil
tarefa de contribuir com os pontos e minutos que outrora pertenceram a James
Harden e Kevin Martin. Enquanto jovens jogadores, enquadram-se perfeitamente no
que tem sido a política de contratações da equipa do Oeste. Há um padrão na
aposta em jovens, com contratos baratos e carentes de provar o seu valor que
continua bem patente no duo Jackson-Lamb. Com a companhia de Durant, Westbrook,
Ibaka e Fisher, os pupilos de Scott Brooks encontram um cenário propício de
cruzamento entre qualidade e veterania para o crescimento como atletas e
profissionais.
Reggie
Jackson, com 23 anos e na terceira temporada com os Thunder, tem surgido em
excelente plano perante a difícil de tarefa de preencher o lugar de Westbrook,
ausente devido a lesões. Desde o primeiro ano que o jovem base tem registado
evidentes melhorias no jogo ofensivo e eficácia do lançamento – e isso
evidencia-se nas estatísticas. Esta temporada, com mais minutos e jogos a
titular, consagrou-se como uma solução ofensiva de valor: 17 pontos e 5
assistências por partida. O que mais se destaca em Jackson é a facilidade de
criação de jogadas ofensivas, aliviando Durant da carga de ser o playmaker e o finalizador das ofensivas.
Aos 23 anos, o base destaca-se pela criatividade, facilidade de lançamento e
velocidade. Quando Westbrook voltar, Derek Fisher não vai ter vida fácil para
conseguir minutos no court face à
concorrência de Reggie Jackson.
Jeremy Lamb,
21 anos, foi desde a chegada a Oklahoma alvo de elevadas expectativas, em torno
da sua contribuição ofensiva, que acabaram por se traduzir num efeito nocivo no
seu rendimento durante o ano passado. As oportunidades acabaram por ser poucas
(apenas 23 jogos e média de 6 minutos), o que levou muitos a duvidarem da
capacidade de nesta época poder ser já um verdadeiro contribuidor. Mas Lamb
encontrou o seu espaço na manobra da equipa, beneficiando dos double teams feitos a Durant, Jackson e
Ibaka para conseguir bons lançamentos e ir ganhando confiança. Até agora, Lamb
tem um bom registo, com 10 pontos e 50% em lançamentos de 2 pontos. Somado com
Jackson, o duo garante uns sólidos 27 pontos por partida, preenchendo bem o
papel de James Harden ou Kevin Martin.
Para lá destas duas maiores vedetas que saltam no
banco, há mais um nome que tem ganho consenso como uma das futuras estrelas da
NBA: Steven Adams. O gigante chegou,
por opção, muito novo à NBA (tem 20 anos), mas o seu potencial tem deixado
muita expectativa em torno dos fãs de OKC. Ao contrário de Perkins, o jovem da
Nova Zelândia traz à equipa um estilo de jogo mais instintivo e a capacidade de
finalizar debaixo do cesto, através pump fakes ou rápidas desmarcações. O seu
impacto em campo ainda não se traduz nas estatísticas individuais, mas
colectivamente o neo-zelandês permite a Scoot Brooks pôr em campo uma equipa
mais versátil e veloz nos momentos ofensivos.
A fechar, falemos de Perry Jones, porventura o jovem mais desconhecido dos quatro, mas
que, aos poucos, vai despertando atenções pelas capacidades ofensivas e
contributo defensivo (na primeira partida da fase regular contra os Heat passou
alguns minutos a defender Ray Allen e até LeBron, deixando uma boa imagem
perante a dificílima tarefa). O forward
é um dos jogadores mais rápidos na equipa dos OKC, o que lhe permite defender
qualquer jogador adversário. No seu segundo ano de NBA, Perry Jones faz lembrar
um jovem Iguodala ou Paul George a menor escala. É daqueles que, a qualquer
momento, vai ter um jogo de explosão.