Aos 31
anos Tony Parker vem de uma das melhores épocas individuais da sua já longa
carreira – presença nas finais da NBA, campeão europeu pela França e MVP do
torneio e recém eleito melhor jogador europeu do ano. O veterano base dos Spurs
mantém-se como um dos melhores da Liga na posição de playmaker, registando esta época uns impressionantes 20 pontos e 8
assistências por jogo. Contudo, Greg Popovich sabe que o auge do seu big three –
Ginobili (36 anos), Duncan (37 anos) e Parker – já passou e que para extrair o
melhor deles precisa de promover rotações fisicamente menos exigentes e
poupá-los em alguns back to backs. Assim se compreende que os suplentes em San
Antonio tenham agora uma importância maior do que a do típico role player, somando bastantes minutos e
até alguns jogos a titular. Mas para lá dos já bem conhecidos Boris Diaw, Matt
Bonner e Marco Belinelli, quem tem alinhado pelos vice-campeões?
Patty
Mills, o base australiano que cumpre a terceira época no Texas, viu a sua
presença em campo aumentar de 11 para 18 minutos em relação à época transacta.
Após uma estreia algo tímida, Mills já assume, em certas noites, algum
protagonismo na equipa dos San Antonio – e isso evidencia-se na média de
pontos, que aumentaram de 5 para 9 por jogo. Bom atirador de média e longa
distância (43% da linha de 3 pontos), o jogador de 25 anos precisa ainda de
melhorar a sua capacidade de distribuição de jogo (soma apenas 3 assistências
por partida). O auge do seu percurso pelo Spurs surgiu recentemente, num jogo
frente aos Charlotte Bobcats, em que anotou 32 pontos, 4 assistências, 7
ressaltos e 2 roubos de bola.
A grande exibição de Mills, frente aos Bobcats.
Jeff
Ayres, o antigo jogador dos Pacers (onde ainda era conhecido por Pendergraph,
até mudar de nome quando conheceu o seu pai biológico), tem sido outra aposta
recorrente de Popovich, somando mais jogos a titular esta época – já leva 10 –
do que em toda a carreira, muito devido à lesão do brasileiro Thiago Splitter.
Apesar das estatísticas não impressionarem – 3 pontos e 4 ressaltos em 14
minutos por noite – o número 11 dos Spurs tem contribuído defensivamente com a
sua presença no paint e registado uma
interessante evolução a nível ofensivo. Apesar de tudo, Jeff Ayres é um atleta
muito limitado, principalmente a atacar, o que lhe deverá custar bastantes
minutos aquando dos playoffs.
Jeff Ayres afunda com estilo contra os Timberwolves.
Nando
de Colo - base-atirador francês – chegou ao Texas rotulado como o novo Ginobili,
um rótulo que cria bastantes expectativas e, consequentemente, pressão sobre o
jovem jogador. O desempenho não correspondeu, de todo, às expectativas e o
atleta chegou até a expressar algum descontentamento com o seu lugar na equipa.
Este ano, contudo, e muito graças à onda de lesões que assolou os Spurs (Danny
Green, Leonard, Splitter), a insistência de Popovich começou a dar frutos e
Nando de Colo registou, nos últimos 10 jogos, números algo interessantes: 8
pontos e 3 ressaltos em 17 minutos por noite. Ainda assim, os rumores apontam
para uma futura troca, pelo que é de presumir que Popovich entenda que não
consegue extrair muito mais do francês (se ele não, quem conseguirá?).
Para
terminar, Cory Joseph, que soma já 11 jogos a titular no backcourt dos Spurs. O
base canadiano – já carinhosamente chamado de CoJo – aterrou em San Antonio
apenas após um ano de universidade, e o seu jogo, ainda algo imaturo, não lhe
permitiu somar muitos minutos, participando apenas em menos de 60 jogos nas
duas últimas temporadas e rodando entre a NBA e a D-League. Este ano, contudo,
o cenário mudou e Joseph já participou em 40 partidas, somando na última dezena
8 pontos, 3 ressaltos e 2 assistências. O base destaca-se, sobretudo,
defensivamente, mas esta época tem aparecido mais destemido no lançamento
exterior. Face à tenra idade 22 anos, será um jogador que Popovich quererá
manter por perto pelo menos por algumas épocas.