Kendall Marshall chegou ao Draft de 2012 cotado como um base com excelente visão no court. Nas duas épocas que passou em North Carolina, bateu o recorde de assistências numa só época, com 351. Contudo, apresentava alguns problemas: a sua lentidão tornava-o num mau defesa e a fraca eficiência a lançar ao cesto fizeram-no cair para a 13ª escolha no Draft (Phoenix Suns).
Chegou a Phoenix para ser o aprendiz do base titular - Steve Nash. Pese a qualidade do mentor, o base acabou por ser relegado várias vezes para a D-League. Pouco tempo depois, foi trocado para Washington, num acordo que envolvia Marcin Gortat e Okafor, tendo sido dispensado (bem falta lhes faz agora um PG capaz de organizar os movimentos ofensivos e que tire pressão de John Wall).
Quando a sua carreira na NBA parecia perdida, eis que uma oportunidade caiu do céu: as lesões de Blake, Nash e, mais tarde, de Farmar levaram os LA Lakers, em Dezembro de 2013, a recrutar Marshall.
Chamado a titular, estreou-se com 20 pts e 15 assistências. Ao fim de 17 jogos firmou uma espectacular média de 11ppg e 9apg, com uma percentagem de eficiência de lançamento de 48% da linha de 3 pontos - o que o levou até a dizer que no 2k não consegue ter tanta eficiência a jogar consigo próprio. Marshall tornou-se um duplo-duplo em constante ameaça.
O jogo de Marshall parece encaixar que nem uma luva no sistema de Mike D'Antoni. O treinador dos LA Lakers privilegia uma ofensiva rápida - conhecida como a "7 seconds offense" -, trabalhada com vários pick and rolls - outra área ofensiva em que Marshall se sente confortável. Mas o sucesso do base não tem sido o sucesso da equipa, que nos primeiros 18 jogos com Marshall venceu apenas 3.
Apesar do impulso ofensivo, as defeciências defensiva de Kendall Marshall permanecem um problema - o que nos leva a questionar sobre o destino deste base quando Steve Nash e Steve Blake regressarem. Cenário esse já muito próximo.
Embora a situação de Steve Nash seja complicada e não se possa assumir que o antigo MVP vai regressar a 100% e capaz de fazer os últimos 40 jogos da época, o bom início de época de Steve Blake parece ser suficiente para lhe garantir a entrada para o 5 inicial.
Quanto a Kendall Marshall, e tendo em conta o difícil início de carreira que teve na NBA, um cenário em que assinava um contrato de alguns anos com os Lakers, mesmo como back-up, já seria tentador. Por outro lado, os Lakers andam à deriva quanto a planear o futuro, indecisos entre o ataque à Free Agency ou a aposta no Draft, pelo que a decisão não será fácil.