Greg
Oden foi número 1 no Draft de 2007 (à frente de Kevin Durant) e, aos 26 anos
(apesar de aparentar 50) está a tentar ressuscitar para o basquetebol, após uma
época afastado da modalidade.
Tudo
começou na equipa de Ohio State, onde, após falhar o início de época por lesão,
terminou a época com uma média de 16ppg, 10 ressaltos e 3 bloqueios e foi
eleito Defensive Player of the Year. O hype foi tremendo. Steve Kerr chamou-lhe
um once-in-a-decade player e só parou em Portland, após ser a 1ª escolha no
Draft de 2007.
Antes do início da época, uma micro-rotura no joelho direito
fê-lo parar e perder toda a temporada. Na época seguinte, só em Novembro viria
a marcar os primeiros pontos na NBA, exactamente um ano antes de voltar a sofrer
uma mirco-rotura, desta vez no joelho esquerdo, que lhe voltaria a custar não
apenas uma, mas duas temporadas, devido a complicações no estado do joelho.
Após quatro intervenções cirúrgicas, foi dispensado pelos Portland Trail Blazers e o gigante poste decidiu afastar-se dos courts em 2012-2013 para se
reabilitar.
Fast
forward para a pré-época da presente temporada, em que os Heat assinam Greg
Oden para uma época, numa salto de fé do front office de Miami. Em Janeiro de
2014, o poste voltava a jogo desde Dezembro de 2009.
Greg Oden regressou à competição em Janeiro, contra os Washington Wizards, e logo com um afundanço.
Greg Oden parece ter encontrado a equipa ideal para
regressar em grande. Os Heat são, após dois anéis, uma equipa experiente,
consciente da longevidade das temporadas e capazes de gerir o seu plantel para
se apresentarem na máxima força quando realmente importa: nos play-offs. Mas,
ao mesmo tempo, os Heat encontraram também o monstro perfeito para batalhar com
aquela que será a maior preocupação na presumível batalha pelo Este com os
Indiana Pacers: Roy Hibbert (e agora também Bynum).
Chris
Bosh e Chris Andersen dificilmente seriam capazes de conquistar espaço ofensivo
face à imponência e intensidade de jogo de Hibbert (um candidato evidente a
Defensive Player of the Year) e faltam-lhes o poderio físico para incomodar o
gigante de Indiana nas acções ofensivas da equipa de Paul George e companhia. A
gigantesca dor de cabeça que Hibbert iria causar – obrigando Miami a colar dois defesas ao poste, abrindo
espaço para que os lançadores de Indiana pudessem bombar de variadas distâncias
– encontrou em Oden o melhor remédio possível. No fundo, Miami encontrou o seu
(anti-)Hibbert.
Assim, mais do que o que Oden pode fazer pelos Heat enquanto
estiver no court, o que realmente importa é aquilo que os Heat já não terão que
fazer (o tal recurso ao double team).
A
resposta de Larry Bird, comandante de Indiana, não se fez esperar e, perante os
minutos que Oden vai somando na fase regular, resgatou Andrew Bynum – mais um
gigante perdido, após lesões e uma tumultuosa passagem pelos Cleveland
Cavaliers. Com Bynum, os Pacers ganham mais uns minutos de presença física no paint enquanto descansam Hibbert e
deixam os Heat numa clara desvantagem debaixo do cesto. Desvantagem ainda mais
evidente quando Oden dificilmente conseguirá ultrapassar a barreira dos 10
minutos por jogo.
Uma
coisa é certa: já está na cabeça de todos os fãs o confronto no jogo 7 da final
da Conferência Este entre os Pacers e os Heat. As próprias movimentações no
mercado destas equipas confirmam essa antecipação. E 10 minutos de Oden poderão
ser a diferença entre uma quarta ida consecutiva à final ou o fim de uma era.