domingo, 2 de fevereiro de 2014

A revelação Kendall Marshall e o futuro no backcourt dos LA Lakers



    Kendall Marshall chegou ao Draft de 2012 cotado como um base com excelente visão no court. Nas duas épocas que passou em North Carolina, bateu o recorde de assistências numa só época, com 351. Contudo, apresentava alguns problemas: a sua lentidão tornava-o num mau defesa e a fraca eficiência a lançar ao cesto fizeram-no cair para a 13ª escolha no Draft (Phoenix Suns).
     Chegou a Phoenix para ser o aprendiz do base titular - Steve Nash. Pese a qualidade do mentor, o base acabou por ser relegado várias vezes para a D-League. Pouco tempo depois, foi trocado para Washington, num acordo que envolvia Marcin Gortat e Okafor, tendo sido dispensado (bem falta lhes faz agora um PG capaz de organizar os movimentos ofensivos e que tire pressão de John Wall).



     Quando a sua carreira na NBA parecia perdida, eis que uma oportunidade caiu do céu: as lesões de Blake, Nash e, mais tarde, de Farmar levaram os LA Lakers, em Dezembro de 2013, a recrutar Marshall.

      Chamado a titular, estreou-se com 20 pts e 15 assistências. Ao fim de 17 jogos firmou uma espectacular média de 11ppg e 9apg, com uma percentagem de eficiência de lançamento de 48% da linha de 3 pontos - o que o levou até a dizer que no 2k não consegue ter tanta eficiência a jogar consigo próprio. Marshall tornou-se um duplo-duplo em constante ameaça.
     O jogo de Marshall parece encaixar que nem uma luva no sistema de Mike D'Antoni. O treinador dos LA Lakers privilegia uma ofensiva rápida - conhecida como a "7 seconds offense" -, trabalhada com vários pick and rolls - outra área ofensiva em que Marshall se sente  confortável. Mas o sucesso do base não tem sido o sucesso da equipa, que nos primeiros 18 jogos com Marshall venceu apenas 3.


     Apesar do impulso ofensivo, as defeciências defensiva de Kendall Marshall permanecem um problema - o que nos leva a questionar sobre o destino deste base quando Steve Nash e Steve Blake regressarem. Cenário esse já muito próximo.
     Embora a situação de Steve Nash seja complicada e não se possa assumir que o antigo MVP vai regressar a 100% e capaz de fazer os últimos 40 jogos da época, o bom início de época de Steve Blake parece ser suficiente para lhe garantir a entrada para o 5 inicial. 

     Quanto a Kendall Marshall, e tendo em conta o difícil início de carreira que teve na NBA, um cenário em que assinava um contrato de alguns anos com os Lakers, mesmo como back-up, já seria tentador. Por outro lado, os Lakers andam à deriva quanto a planear o futuro, indecisos entre o ataque à Free Agency ou a aposta no Draft, pelo que a decisão não será fácil.